segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Música... Disciplina obrigatória na escola?




           Esse ano de 2012 é o limite para que todas as escolas públicas e privadas do Brasil incluam o ensino de música em suas grades curriculares. A lei nº 11.769, sancionada em 18 de agosto de 2008 legitima essa exigência que determina que a música deve ser conteúdo obrigatório em toda a Educação Básica.






 "O objetivo não é formar músicos, mas desenvolver a criatividade, a sensibilidade e a integração dos alunos".   Clélia Craveiro, conselheira da Câmara de Educação Básica do CNE (Conselho Nacional de Educação).  








           A Música não deve ser uma disciplina isolada, considerando que a música é uma das linguagens da disciplina chamada artes, que pode englobar ainda artes plásticas e cênicas. Assim, de forma multidisciplinar esses profissionais ou o professor de música pode utilizar desse recuso junto com os demais professores para auxiliá-los nas diversas demandas pedagógicas.

Os problemas a ser enfrentados...


·           *  A lei nº 11.769 tornou o ensino de música obrigatório na Educação Básica. Nessa perspectiva, engloba Educação Infantil e o Ensino Fundamental, mas não especifica se todas as séries devem ter a música incluída em sua grade curricular. 

·          *   "Há muitos profissionais formados em música, mas que não têm didática. E, geralmente, eles saem da faculdade com formação específica em apenas um instrumento e com o objetivo de serem professores particulares de música, ou seja, terem apenas um aluno por vez", diz Lisiane Bassi, coordenadora do programa de Educação Musical de Franca, cidade do interior de São Paulo que é referência no Ensino Musical. 

·         *     O número de professores formados em música é pequeno no Brasil. As instituições de ensino têm encontrado dificuldades para cumprir devidamente esse ponto da lei. Além disso, a contratação de professores específicos prevê gastos com os quais muitas escolas não têm condições financeiras.. 

·          *   Os estados com um maior número de licenciaturas em pedagogia e música estão se movimentando mais. Por outro lado, estados com deficiências na educação e com poucos cursos de formação superior para professores tendem a ter mais dificuldades para a implantação da lei. "Nos estados do Norte do país, onde a formação de professores é deficiente, a implantação de leis voltadas para áreas específicas é mais difícil.

·          *   Falta de fiscalização e apoio aos professores em relação aos recursos materiais e formação continuada


Saltos qualitativos...

              
            Há um reconhecimento de Estado de que a Música é um elemento essencial para contribuir na Educação Brasileira, considerando-a como papel mediador das relações sociais que promove o desenvolvimento afetivo das crianças. Além disso, aprova-se que esse recurso pode ser usado como um elemento agregador nas demais disciplina.  
             A inclusão  do ensino da  música nas escolas foi um projeto que por muitos anos associações musicais, educadores musicais, regentes de corais e demais musicistas lutavam para conquistar. Esse projeto de lei buscou alterar o artigo vinte e seis da LDB, quanto ao ensino da arte, especificamente o ensino de música. A sociedade civil e vários musicistas apoiaram a mesma, além de ter  construído  e debatido  na tramitação das diversas Comissões e Relatorias.

           Diante dessa realidade, os educadores musicais e demais professores estão diante de nova oportunidade para renovar a Educação Musical no Brasil, mas necessitam de apoio, desde os recursos materiais e formação continuada que adequem essa prática ao contexto cultural dos alunos.





Conheça a lei que determina a obrigatoriedade do ensino de música em todas as escolas do país a partir de 2012 disponível em: http://www2.camara.gov.br/legin/fed/lei/2008/lei-11769-18-agosto-2008-579455-publicacaooriginal-102349-pl.html



Referências Bibliográficas:


COMO EXPLORAR ATIVIDADES RÍTMICAS UTILIZANDO DO NOSSO CORPO?


“A música na sala de aula não deve ser utilizada apenas como atividade lúdica, mas, sim, como um instrumento de disciplina e de combate às dificuldades de aprendizagem e de memorização de conteúdo”.  (Howard, 1984, p.66)

Dessa forma, entende-se que o trabalho com música deve ser uma ferramenta atuante no ato disciplinar, na luta para vencer as dificuldades de aprendizagem no dia a dia escolar.
                                                                                            

 E os valores?


As atividades musicais contribuem para que o indivíduo aprender a viver em sociedade, abrangendo aspectos comportamentais como disciplina, respeito, gentileza, polidez e aspectos didáticos, com a formação de hábitos, tais como a noção de higiene, a manifestações folclóricas e dentre outros.



Trago nessa reportagem escrita por  como explorar atividades rítmicas das crianças utilizando o nosso corpo. Explica-se também como adequar os seus usos à realidade do contexto escolar com um vídeo do Curso Educação Infantil – Musicalização Infantil, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.


Acesso a reportagem no link abaixo:



Referência Bibliográfica:

HOWARD, Walter. A música e a criança. 6.ed. São Paulo: Summus, 1984

sábado, 21 de janeiro de 2012

Exploração de Sons e Movimentos Rítmicos



Na vida da criança a música, desde sempre, tem influencias como meio de expressão de sentimentos, troca de afetos, sensações rítmicas, momentos de alegria, criatividade e interação com o grupo escolar. Esse envolvimento da criança com a música proporciona de forma divertida e segura a compreensão dos conhecimentos e o sentimento de pertença ao grupo na socialização daquilo que ouviu, percebeu, interpretou e compartilhou.  
Aliando a escuta, o cantar e o dançar, a criança percebe o seu corpo no espaço. Adquiri habilidades de movimento e uma consciência corporal.
Quem não se deve se lembrar de alguma música que tenha marcado sua infância acompanhada com as sensações percebidas?

Compartilho aqui vídeos onde o uso da música está acompanhado com uma atividade que desenvolve a coordenação motora. Isso porque, através do ritmo e do movimento, as crianças percebem e despertam as suas variadas habilidades. 

                                                      Fome Come - Palavra Cantada


                                                                              

              
                                                                   Escravos de Jó com Copos
            

Sobre essas atividades, pode-se refletir segundo Howard (1984), que é necessário a faculdade de concentração nos meios de aprendizagem, potencializadas através da escuta, atenção e movimentos rítmicos. Habilidades essas adquiridas por meio das experiências rítmicas musicais.


Referências Bibliográficas:

HOWARD, Walter. A música e a criança. 6.ed. São Paulo: Summus, 1984

Sites Consultados




A Linguagem Musical para DESPERTAR, MOTIVAR e EDUCAR!


              A música no ambiente escolar não serve somente para alegrar as festas, receber uma visita ou preencher o tempo antes de bater o sinal para saída, mas ela deve ser articulada com as outras disciplinas, auxiliando-as.  Porém, precisa ser planejada pelo educador com a finalidade de alcançar por meio da sua utilização um objetivo proposto que seja claro, a fim de utilizá-la como um recurso mediador na aprendizagem.
              O uso da música na escola potencializa áreas do cérebro da criança que auxiliam  no desenvolvimento de outras linguagens.

 Além, é claro, de ser bem divertido!

         Por ser uma mídia que possui uma linguagem própria, repleta de ritmos, melodias e sons, é uma linguagem expressiva que difere das outras mídias por influenciar no desenvolvimento humano através da audição.  Sobre isso, Pena (2010) nos diz que “a música é uma forma de arte que tem como material básico o som”.
              E ao falar do som logo nos vem na memória um dos elementos constitutivos da música que é o ritmo e que por sua vez se manifesta por meio dos sons. Ritmos e sons esses, que podem ser produzidas naturalmente com a voz, as mãos, os pés, como também com ajuda de um instrumento musical.
              Na reportagem da Revista Escola, sobre  Ritmos e Sons, de Beatriz Santomauro   se discute que "não se pode limitar o contato da turma à chamada música infantil." Sendo importante que "a percepção musical na pré-escola seja estimulada pela audição e pela interação com diversos tipos de canções". Assim como o uso do corpo como instrumento musical.
               Nesta perspectiva, o professor mesmo sem possuir uma especialidade no assunto tem a capacidade de direcionar a turma ouvir, observa os variados ritmos, os instrumentos e o uso da voz. 
               O trabalho pode começar com uma sondagem sobre as músicas preferidas das crianças. E posteriormente o professor com os alunos dispostos numa roda levar Cds com músicas populares, como chorinho, coco e samba de roda, para utilizando das informações históricas e culturais trazidas nos repertórios musicais questioná-los sobre "que instrumento produziu esse som? Como reproduzir o que foi escutado partindo da exploração do corpo, abafando a boca ou batendo na perna? De que região típida é o genero da música? Quais as danças relacionadas a ela? Além de questionar sobre os valores de forma interdisciplinar com o contexto da criança. 

            Outras atividades a ser realizadas tanto no ambiente de Educação Infantil como no Ensino Fundamental Séries Iniciais são as possibilidades do uso do próprio corpo para produzir música, como bater os dedos no antebraço, na boca, nas coxas. Depois, estender para as carteiras e paredes da sala, permitindo aos estudantes ter uma percepção mais aguçada de som. 



Quer saber mais?     
(Referências Bibliográficas)  

Veja a reportagem da Revista Escola, Ritmos e Sons, d e Beatriz Santoumaro (disponível em: http://revistaescola.abril.com.br/arte/pratica-pedagogica/ritmos-sons-424831.shtml)

PENNA, Maura. Música (s) e seu ensino. Porto Alegre: Sulina, 2010.












quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Música: Mídia e Tecnologia

Pensar sobre o uso da música como mídia social no contexto educacional é fundamental para (re) dimensionar os conceitos de aprendizagem. Mas antes de contextualizá-la ao ambiente escolar, é necessário nos questionar também sobre a influência da mídia musical na nossa sociedade, diante das inovações tecnológicas.


  
Essa indagação nos permite refletir que a sociedade sempre teve influências das manifestações musicais. No mundo, o som e o ritmo já faziam parte da natureza mesmo antes da presença do ser humano, desde os barulhos que já se manifestavam por meio do bramido do mar, da força do vento sob a vegetação, dos rios correndo entre as pedras e animais. Assim como a voz humana, que é considerada o primeiro instrumento de sopro ao alcance do homem.
 Porém, é perceptível na contemporaneidade a enorme difusão da mídia musical ligada à produção e assimilação cultural, que direciona os rumos da cultura e se difundi aos diferentes estilos musicais, com facilidade de acesso por meio da tecnologia, desde o uso das fitas cassetes, CDs e download em formato mp3.

  





 Portanto, ao se falar em música é preciso considera o fator mídia. Sendo esse, multifacetado, e responsável por divulgar o trabalho do músico através de programas de TV, rádios, jornais, revistas, facebook, bloggers, dentre outras. Além, de o músico necessitar da mídia para utilizar dos modernos recursos tecnológicos de produção, como exemplo, a distribuição de som.


 Como sugestão de leitura e reflexão, indico uma reportagem sobre A Evolução da música: das fitas cassete às guitarras de brinquedo do Instituto Faber Ludes (disponível em: http://www.faberludens.com.br/pt-br/node/4858)

As imagens aqui postadas foram retiradas do Googler, disponível em: http://www.google.com.br/imghp?hl=pt-BR&tab=ii

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Apresentação


              Na disciplina Práticas Mediáticas da Educação, refletimos as inovações dos conceitos fundamentais para se (re) pensar e transformar os modos de se ensinar e aprender, de acordo com as novas tendências da sociedade do conhecimento.



Debatemos que há necessidade de ambientes de aprendizagem favoráveis, significativos e prazerosos para os estudantes a fim de se trabalhar com a motivação na predisposição a aprendizagem, diante das demandas que a sociedade globalizada oferece a partir do surgimento de novas tecnologias.
A música é um recurso que trabalhado de forma mediática em sala de aula  auxilia a despertar percepções elaboradas e complexas, abrangendo uma enorme gama de recursos cognitivos como as habilidades da escuta sensível, da concentração, interpretação, criticidade e troca de conhecimentos repletos de significados e cultura.Diante desse contexto:


       Como trabalhá-la para DESPERTAR, MOTIVAR e EDUCAR?