FICHAMENTO 1
FICHAMENTO 1
VALENTE,
J. A. Aprendizagem continuada ao longo da vida. In:
http://fe-virtual.fe.unb.br/file.php/161/VALENTE_J._A.Aprendizagem_continuada_ao_longo_da_vida.pdf
Conceitos utilizados
Aprendizagem continuada ao longo da vida;
ensinar; aprender; teorias sócio-interacionistas; experiência ótima;
caçador-ativo; receptor-passivo; predisposição de aprendizagem; os
ambientes de aprendizagem e agentes de aprendizagem.
Descrição da obra (ficha literária)
O autor apresento o texto em tópicos como a
introdução; o que significa ensinar e aprender; a aprendizagem durante a
infância; a aprendizagem na terceira
idade; a aprendizagem na escola e na vida profissional; a formação dos agentes
de aprendizagem e conclusão. Defende a ideia de que a aprendizagem é um processo
de construção do sujeito numa atividade contínua, que se estende ao longo da
vida. Analisa esses processos nos diversos períodos de vida, enfocando a
aprendizagem durante a infância que acontece tanto no âmbito também, como
acontece a idade, tendo como objetivo investigar quais os sentidos de ensinar e
aprender que estão além dos muros da escola.
Resumo
A proposta do texto é de se repensar como trabalhar a
aprendizagem dos sujeitos que estão no processo da vida escolar e profissional
de maneira significativa e prazerosa tal qual ocorre na construção do
conhecimento dos mesmos adquiridos na infância e nas experiências com a
terceira idade.
Segundo Valente é necessário transformar as concepções de
aprendizagem baseados somente na apreensão
da informação, no sentido de memorização. Destaca-se que as abordagens
tradicionais de ensino no âmbito escolar ainda enfatizam a transmissão da
informação que descaracterizam a aprendizagem como um processo parte do
sujeito, capaz de utilizar sua experiência de vida e conhecimentos já
adquiridos na atribuição de novos significados.
Neste contexto, o autor conceitua o ato de ensinar (transferir
o que é codificado pela sociedade) e aprender (apreender, prender ou
compreender) de forma que ambos estão vinculados. Porém, considera que o modo
de ensinar pode estimular diferentes tipos de aprendizagem, por meio da apreensão (aquisição da informação como
um dado) ou da compreensão
(informação com significados convertidos em conhecimento).
No decorrer do texto, Valente traz elementos de análise
sobre a aprendizagem desde a infância até a terceira idade. Analisa que durante
a infância as crianças interagem com o ambiente, explorando o seu espaço numa
atitude ativa da busca do conhecimento, mesmo este na maioria das vezes não
sendo ainda sistematizado na escola. É uma fase em que a criança cria hipóteses
e formulam as suas próprias teorias, como caçador-ativo
em busca de superar os desafios nos momentos de conversa, brincadeiras, no
andar, no falar, dentre outros.
Na terceira idade, os sujeitos no ato de aprender centram-se
também como caçador-ativos,
baseando-se na heterogeneidade de ideias e uma predisposição para a
aprendizagem semelhante ao período infantil no sentido de estarem motivados a
realizarem uma atividade prazerosa condizente com as suas experiências ótimas, segundo Csikszentmihalvie, de forma que estão
ativos no processo da construção do conhecimento, já que na contemporaneidade,
nessa fase da vida, as pessoas buscam realizar as atividades que tem preferência
e que antes na vida ocupada do trabalho não tinham tempo para realizá-las.
Em relação ao período da vida escolar e profissional, o
autor apresenta a problemática no contexto da construção do conhecimento dos
sujeitos que gradativamente perdem a predisposição de caçador-ativo, devido ao sistema educacional deixar marcas que “aprisionem”
o ato de aprender, tornando-o cada vez mais distante de significado e
interesses para os estudantes. Assim, cultiva-se a predisposição de
receptores-passivos, sem encantamento e desmotivados a descobrir e solucionar
desafios distantes da sua realidade. Já, na vida profissional, após uma
graduação, as pessoas adquirem, segundo o autor, uma combinação das
predisposições de caçador-ativo e receptor-passivo utilizando-se assim,
maior flexibilidade e adaptação a novas realidades.
Diante disso, Valente sugere que a o âmbito escolar deve oportunizar
as duas modalidades de aprendizagem, do caçador-ativo
e do receptor-passivo, de forma
complementar, destacando principalmente a predisposição de caçador-ativo e a
disposição de aprendizagem continuada ao longo da vida. Concepção essa, que se
usa nos dias de hoje apenas no período pós o ensino-médio, mas que seria
fundamental ser trabalhada desde os anos iniciais de ensino para conscientizar
os estudantes de que o ato de aprender os constitui como sujeitos inseridos
numa sociedade em constante transformação.
Assim, o autor aprofunda três fatores necessários: a predisposição de aprendizagem, os ambientes de aprendizagem adequados e
organizados e os agentes de aprendizagem
que auxilie o aprendiz no processo de aprender. Destaca que é preciso o educador conhecer o
seu aluno na sua zona de desenvolvimento proximal (ZDP) de Vygotsky (1991),
trabalhar com projetos educacionais em busca de desafiar seus alunos e
oportunizar condições para o aprendiz estimule a predisposição para a
aprendizagem como uma experiência ótima, segundo Csikszentinihalyi (1990). Como
também, o educador vivenciar a concepção da aprendizagem ao longo da vida.
Portanto, justifica-se, a escola e as demais instituições
educacionais que suprem a demanda impostas a vida profissional, ser um espaço
de aprendizagem sistematizada que necessita estar de acordo com as novas
tendências da sociedade do conhecimento, adequando-se aos sentidos de ensinar e
aprender como um processo contínuo ao longo da vida dos sujeitos,
conscientizando os educadores a propiciar ambientes
de aprendizagem favoráveis à construção do conhecimento.
Comentários
O autor discute conceitos fundamentais para se (re) pensar e
transformar o modo de se ensinar e aprender tanto no ambiente escolar como no
mais variados contextos de vida. Utiliza conceitos inovadores que fundamenta as
teorias sócio-interacionistas da importância de se valorizar a experiências de
vida nos contextos de aprendizagem, onde há sentido para os sujeitos ser um caçador-ativo.
Apresenta
uma reflexão questionadora a fim de o leitor, principalmente os agentes da
educação reformulem as concepções de aprendizagem no âmbito escolar que
oportunizem ambientes de aprendizagem que estejam de acordo com os interesses
dos alunos e utilizem das experiências ótimas dos mesmos para fornecer um
significado naquilo que se aprende. Pois na sociedade atual, a aquisição do
conhecimento se tornou parte da constituição do homem que precisa inserir-se no
mercado de trabalho e atualizar-se com as novas demandas tecnológicas que
surgem.
FICHAMENTO 2
SANTANA, Bianca; ROSSINE,
Caroline. Educação In: BRAMBILLA, A. (org). Para entender as mídias sociais. p.166-170 In: http://fevirtual.fe.unb.br/file.php/161/VALENTE_J._A.Aprendizagem_continuada_ao_longo_da_vida.pdf
Conceitos
utilizados
Sujeito e Mídias Sociais; Educação
emancipadora; Produção aberta de material educacional e contextualização no
ensino: educação de “muitos para muitos”.
Descrição da obra (ficha literária)
As autoras apresentam
um texto corrido defendendo uma educação libertadora, segundo Paulo Freire, em
que os sujeitos que participam do processo de ensino-aprendizagem participarão
na construção dos seus próprios recursos educacionais, contextualizando-os nas
redes sociais.
Defendem que o governo compre os conteúdos produzidos por
autores e editoras, para que sejam disponibilizados na rede de forma livre e
que os professores e estudantes intervenham nessas obras originais,
acrescentando informações que produzam no decorrer da aprendizagem, construindo
assim uma gama de conhecimento.
Resumo
No contexto educacional, assim como o giz e a lousa, as
ferramentas digitais podem ser utilizadas tanto para manter uma educação que
reproduz conhecimento, como para instigar novas formas de ensinar e aprender.
Porém, em busca das transformações das práticas pedagógicas, as mídias sociais
e a internet são meios educacionais que podem revolucionar a educação, já que,
segundo a perspectiva de Paulo Freire, torna-se necessário uma relação
dialógica entre educador-educandos e sujeito cognoscente e objeto cognoscível.
Bianca
Santana
e
Carolina
Rossini,
comparam que como a estrutura da arquitetura distribuída na internet tem o seu
potencial transmissor de informação, conhecimento e cultura, os sujeitos também
tem a capacidade de além transmitir e ir além, produzindo os mesmos. Como
exemplo, citam um fato que aconteceu com Sunil Singh com a publicação de livros
de ciências na plataforma Connexios,
onde a musicista Catherini Schimidt-Jones também publicou textos sobre a teoria
e ensino musical. Materiais esses, que passou a ter acesso mundial pelas redes
da internet.
No Brasil, o Projeto
Folhas, da Secretaria Estadual de Educação do Paraná, possibilitou que os
professores produzissem textos a partir da realidade local para se estudar
assuntos globais juntamente com os alunos que iriam utilizar desse material. Originou
o livro Didático Público, para todas
as séries, inclusive Ensino Médio, com exemplares impressos de acordo com as
necessidades das escolas, mas que também estão disponíveis online para o acesso
de todos.
Há editoras comerciais, como a Flat Word Knowledge e Editora
Hedra que possibilitam a construção colaborativa do material com professores
e alunos, na alteração das obras, na reordenação de capítulos, inserção e
exclusão de imagens e textos, além da impressão sob demanda, ou até mesmo com acesso
online.
As autoras também relatam sobre o movimento Recursos Educacionais Abertos (REA), que
defende o fornecimento de recursos educacionais em formatos de arquivos livres
para o uso, consulta e intervenção de todos através das tecnologias de
informação e comunicação nas redes da internet. Transformação essa, que
permitirá a educação de “muitos para muitos”, em contrapartida, de um conteúdo
de ensino aprisionado a livros que pertencem a autores ou a editoras.
A proposta das autoras é que o governo compre os conteúdos
produzidos por autores e editoras, para que sejam disponibilizados na rede de
forma livre e que os professores e estudantes intervenham nessas obras
originais, acrescentando informações que produzam no decorrer da aprendizagem,
construindo uma gama de conhecimento conforme a realidade de cada lugar.
Comentários
As autoras utilizam de argumentos
fortes, numa linguagem simples, trazendo exemplos de projetos que discutem
propostas inovadoras no contexto educacional, em relação ao uso das novas
tecnologias no fornecimento de recursos educacionais, na consulta e intervenção
de todos os sujeitos aprendizes por meio da comunicação nas redes da internet.
Acredito que são discussões fundamentais na
contemporaneidade, visto que a sociedade está em constante transformação e
precisa se integrar a tecnologia informacional como base para uma educação
aberta a construção conjunta do conhecimento. De forma, que a ausência de políticas públicas para o
acompanhamento dessas inovações revela o descaso na valorização de educandos
produtores do conhecimento possibilitar a emancipação do conhecimento, junto
com uma relação dialógica entre educador-educandos.
Diante
dessas reflexões, é preciso se questionar: Por que não os sujeitos
participar do processo de ensino-aprendizagem na construção dos seus próprios
recursos educacionais, contextualizando-os a sua realidade, de forma a
contribuir? Por que um professor utilizar livros didáticos produzido em uma
realidade diferente da que trabalha? O que está por trás da não valorização de
uma educação emancipadora, segundo Paulo Freire, diante das mudanças na
sociedade globalizada?
FICHAMENTO
3
MORAN,
J. M. A
Integração das tecnologias na educação. In:
http://fe-virtual.fe.unb.br/file.php/161/VALENTE_J._A.Aprendizagem_continuada_ao_longo_da_vida.pdf
Conceitos
utilizados
Tecnologia;
Vantagens e desvantagens da Educação a Distância (EAD); Autonomia
e Organização pessoal
Descrição da
obra (ficha literária)
O autor
apresenta de forma clara e concisa os aspectos positivos e negativos
do uso da educação à distância, destacado os avanços da
tecnologia nos ambientes de aprendizagem.
Resumo
Há
mudanças nos processos de aprendizagem com a inserção da
tecnologia na sociedade e consequentemente no contexto educacional.
Isso porque, os equipamentos multifuncionais como computador,
celular, internet estão cada vez mais presentes no cotidiano dos
alunos, possibilitando-os agregar informações e interagir.
Moran traz
como exemplo dessas transformações a digitalização que permite
possibilidades de escolhas e interação, na busca do conhecimento.
De forma que, a “mobilidade e a virtualização nos libertam dos
espaços e tempos rígidos, previsíveis e determinados”.
Assim, a
educação não está mais restrita a local, tempos físicos e grade
curricular. Um dos grandes problemas a se enfrentar é que ainda há
resistências educacionais diante dessas mudanças de percepções.
Porém, há avanços na educação à distância, a partir do uso da
internet, com a LDB, legalizando-a e considerando-a integrada a uma
rede de atividade individual, compartilhada com grupos de
aprendizagem, numa comunicação instantânea. Como também, na
educação presencial, em que se rompe a concepção de
ensino-aprendizagem localizado e temporalizado, passando a ter mais
flexibilidade e integração no que se aprende.
Alguns
problemas na integração das tecnologias na educação
Infelizmente,
a escola tem sido uma instituição tradicional e resistente a
mudanças. De forma que, há discursões acerca de algumas
consequências no seu mau uso, como as instituições reproduzir no
modelo virtual o modelo centralizador na transmissão da informação,
assim como, o professor reproduzir conteúdo e o aluno
individualmente não interagir com os demais colegas. Além disso, o
fator acompanhamento do aluno não ser bem trabalhado, pois a
distância é bem mais complicado.
Outro
problema do curso a distância, é o professor tutor não ter muitas
condições para trabalhar de forma efetiva as motivações dos
alunos, a saber, se organizar e estudar. Como também, a falta de
preparo dos professores de como usar as tecnologias na educação.
Nesta perspectiva, exige-se do aluno uma maior autonomia vinculada à
organização pessoal, indispensável a qualquer processo de
ensino-aprendizagem.
Diante
disso, segundo Moran, é preciso que os professores oportunizem
situações que motivem os educandos tanto no espaço presencial
quanto virtual. E que no espaço virtual não haja somente a
transmissão de conteúdos, mas a integração entre professor-aluno
e aluno-aluno além das pessoas que participarem desse processo
educacional estarem abertas a conhecer, a ter curiosidade para
dialogar, buscar aprender, de forma madura intelectual, emocional e
ética.
Comentários
Diante das
mudanças na sociedade, com a inserção da tecnologia no
desenvolvimento da humanidade, acredito que a
Educação a Distância oferecem maior vantagens que desvantagens,
pois assim rompe as barreiras nos aspectos temporal, cultural e
social. Além de incentivar uma formação ao longo da vida por
despertar a autonomia, espírito de responsabilidade e
comprometimento e ser um fator motivador dos educandos que trabalham.
Das
vantagens, destacam-se, a possibilidade de levar a educação para um
público muito maior e mais variado, que utilizará de várias
estratégias de aprendizado mediada por um tutor. Assim, o essencial
é que haja políticas públicas eficazes no incentivo a educação
presencial incorporar muito dessas aspectos com a proposta de
interação do conhecimento, ou seja, do compartilhamento do que cada
aluno constrói como autor da sua aprendizagem.
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